sexta-feira, outubro 16, 2009

Caso isabela Nardoni, reflexões e paralelos

A atuação do Promotor e do Delegado

Como se não bastasse uma imprensa ávida por notícias acerca do caso, ao que parece temos também para completar o “circo” formado em torno da investigação, um promotor e um delegado com tendência ao estrelato, visto que adoram aparecer para as câmeras e microfones, trazendo as últimas novidades sobre o andamento do Inquérito Policial.


Acredito que o comportamento deles deve ser reprovado, uma vez que, informar a imprensa sobre detalhes gerais de uma investigação tão alardeada é normal, no entanto, reunir a imprensa, em entrevistas coletivas quase que diárias, para falar sobre o andamento das investigações, emitindo opiniões e adiantando julgamento, é um comportamento inadmissível para um delegado de polícia e em especial para um Promotor Público, que como fiscal da Lei, deve primordialmente respeitar os limites de sua função.


O comportamento do Promotor chegou a tal ponto que o juiz Maurício Fossen, anunciou o fim do sigilo sobre o inquérito policial do caso em função da atuação do promotor Francisco Cembranelli, responsável pela apuração, pois este haveria revelado detalhes das investigações à Justiça, além de divulgar as contradições entre os depoimentos do pai e da madrasta de Isabella mostrando, com suas atitudes, que o sigilo “não constitui formalidade imprescindível”, assim, “nada mais justifica a manutenção da providência”.


O papel do povo no caso


Para aqueles que acompanharam a saída do pai de Isabella e de sua madrasta da cadeia após a concessão de Habeas Corpus, tiveram a noção exata do quanto à soma de uma imprensa tendenciosa, da irresponsabilidade dos encarregados pela investigação, e de população com sede de justiça pode ser perigosa. Na frente das duas delegacias em que estavam presos, vários jornalistas e moradores da região se aglomeraram para acompanhar o momento da soltura, sendo eles xingados por vários curiosos, que além de tudo clamavam por Justiça.


Mistura de tristeza, raiva, curiosidade, solidariedade. Essa confusão de sentimentos talvez explique, em parte, por que pessoas anônimas queiram ficar tão próximas dos envolvidos.


http://satiravirtual.890m.com/2008/04/14/caso-isabella-nardoni-reflexoes-e-paralelos/

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