quarta-feira, março 17, 2010

Os equívocos que matam novamente Isabella

12/04/2008
Os equívocos que matam novamente Isabella
Por: HELDER CALDEIRA - Estudante de Direito

O que faz o assassinato da menina paulistana, Isabella de Oliveira Nardoni, ganhar tamanha projeção (e comoção) no cenário nacional? Em um país onde a mortalidade infantil ainda é alta e que crianças assassinadas são cenas comuns (e não menos chocantes)..

O que faz o assassinato da menina paulistana, Isabella de Oliveira Nardoni, ganhar tamanha projeção (e comoção) no cenário nacional? Em um país onde a mortalidade infantil ainda é alta e que crianças assassinadas são cenas comuns (e não menos chocantes) do cotidiano das cidades brasileiras, qual é a “pedra de toque” que faz de Isabella e seu trágico destino um verdadeiro folhetim policial e com impressionante apelo popular? Será que a pergunta real “quem matou Isabella?” irá eternizar-se como as novelescas “quem matou Odete Roitman?” ou “quem matou Taís?”?

Em meio à totalidade das machetes dos principais jornais de grande circulação do país e da disputa entre emissoras de TV pela audiência (umas com extremo sensacionalismo; outras com certa cautela), uma pessoa já tornou-se o grande protagonista dessa tragédia urbana: o promotor Francisco Cembranelli. Desde os primeiros momentos do caso, Dr. Cembranelli já mostrou a que veio: quer ser o mais novo galã da TV brasileira! Na sede de tornar-se mocinho e o mais novo “herói nacional”, o promotor tratou criar os antagonistas e desenhá-los como os grandes vilões e, assim, deu-se o início da nova novela “ecumênica” e de grande audiência no Brasil.

No entanto, uma pergunta começa tornar-se maior que a própria “novela” criada: o promotor Francisco Cembranelli é um herói ou quer apenas aparecer e valorizar seu “cachê”? A segunda opção, apesar de ser a menos óbvia, é a que mais se aproxima da verdade e coloca em xeque a credibilidade e a decência do Poder Judiciário e da Polícia de São Paulo. Incauto e midiático, Cembranelli comprometeu (e continua a fazê-lo) toda a estrutura central das investigações e está servindo de névoa para ocultar os grandes e sucessivos equívocos da Polícia no Caso Isabella Nardoni.

No olho do furacão, o pai da menina, Alexandre Nardoni, mais parece o mordomo das célebres obras de Agatha Christie: sempre o principal suspeito, todas as pistas levam a ele e, mesmo com todos os destacados bons antecedentes, já ganhou o cartaz de “monstro” e pode ter de carregar o rótulo pelo resto de sua vida. Já a jovem Anna Carolina Jatobá tornou-se a encarnação viva das grandes madrastas da ficção, a revelação de todos os nossos medos infantis quando o assunto é a “stepmother” da Branca de Neve ou da Bela Adormecida.

Culpar (e condenar, por pré-conceitos) o casal Alexandre e Anna Carolina é a prova final de que o Poder Judiciário e a Polícia de São Paulo são muito mais frágeis que a própria vítima, a pequena Isabella. Ambos comentem erros grotescos e, ao lado do promotor Francisco Cembranelli, devem ser responsabilizados, sob todos os aspectos, caso a integridade física do casal seja violada de alguma forma por um cidadão, levado pela irresponsabilidade desses Poderes instituídos e pelo absurdo sensacionalismo de alguns meios de comunicação, muito mais preocupados em alavancar suas audiências e faturar alguns milhões do que realmente prestar um serviço digno à população.

Para se ter uma idéia, uma apresentadora de programa de TV vespertino, sentiu-se agredida com o fato de o Departamento Policial ter criado um esquema especial para retirar Alexandre Nardoni do prédio onde estava preso, após a sábia decisão do Desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida de acatar o pedido de Habeas Corpus. Para a apresentadora, a “encenação” foi absurda e “colocar tantos carros de polícia à disposição da situação é uma afronta numa cidade violenta como São Paulo, que precisa desses carros na rua, no combate à criminalidade”. No mínimo, a apresentadora vibraria mais se Alexandre fosse agredido pela grande massa que cercava a Delegacia  e as cenas a fizessem ganhar mais dinheiro com a elevação de sua audiência e o “merchandising” infinito que assola seu programa. Ela é apenas mais uma que antecipa-se em condenar Alexandre e Anna Carolina pelo assassinato de Isabella.

Por falar em antecipação, o que são as declarações do Dr. Francisco Cembranelli? Logo nas primeiras horas do Caso, o promotor do Ministério Público Estadual de São Paulo tratou de colocar os pais de Isabella no centro das investigações. Repete sua imprudência agora, quando ambos receberam o Habeas Corpus, insistindo em classificá-los como assassinos e dizendo que a Polícia já tem provas reais que ligam as agressões físicas sofridas por Isabella ao casal Alexandre e Anna Carolina. Cembranelli, com essa última declaração, questiona e coloca em dúvida a capacidade e a seriedade do Desembargador Canguçu, que afirmou estar concedendo o Habeas Corpus devido ao fato de a Polícia não dispor de provas que incriminem o pai e a madrasta e de os mesmos terem sido submetidos à constrangimentos ilegais. Ou seja, será que um renomado Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo foi incapaz de visualizar as ditas provas que o promotor diz ter ou está “levando uma grana por fora” para expedir a soltura do casal? Na verdade, mais parece é que o Dr. Cembranelli anda assistindo demasiadamente as telenovelas.

Em meio à essa sucessão de absurdos, os equívocos cometidos pela Polícia de São Paulo passam ao largo de toda história e acabam não ganhando a dimensão que deveriam ter. Um exemplo é o fato de a equipe que chegou ao local do crime, não ter isolado imediatamente todas as imediações e feito uma varredura milimétrica em todo prédio, inclusive nos apartamentos, mesmo nos vazios. O tenente responsável pela operação primeiro afirmou ter vistoriado todos e, depois das declarações do advogado Antônio Nardoni, avô da vítima, se auto-desmentiu e revelou que não teve acesso à algumas unidades. Da mesma forma, após um “disse-que-disse”, a Polícia não se presta a investigar a denúncia de que o prédio ao lado fora arrombado na noite do crime. O pedreiro responsável pelas obras primeiro afirmou que houve o arrombamento, e, após comparecer à delegacia para depoimento, disse que não houve nada. Alguns dias após, volta a dizer que houve arrombamento.

Aliás, desse prédio é possível ter acesso com grande facilidade ao Edifício London, local do crime, através da churrasqueira, localizada na área de lazer e em um “ponto-cego” às câmeras de segurança. A imprensa já divulgou imagem de pegadas no telhado da churrasqueira e já está confirmado o fato de que a cerca elétrica estava desligada na noite do crime. Apesar disso, a Polícia insiste em não investigar mais a miúde essa hipótese, afinal, fazê-lo seria um “mea culpa” de que não estão realizando um bom trabalho desde o início das investigações (nada) sigilosas. Enquanto isso, a delegada Renata Pontes, responsável pelo caso, inspira-se na matemática para elaborar percentuais que margeiam a comicidade. Há alguns dias afirmou que tinham 70% da cena do crime revelada; atualmente é categórica ao dizer que tem 99% do caso solucionado, mesmo sem os resultados técnicos das perícias.

Partindo dessa tosca matemática da delegada, nós, da classe dos cidadãos comuns, podemos chegar a apenas três conclusões: ou a delegada é mais uma a antecipar-se no pré-julgamento de Alexandre e Anna Carolina como assassinos (até por ser mais prático, mostrar uma falsa eficiência e ocultar os grandes erros de sua equipe); ou a delegada já sabe que o crime foi cometido por uma terceira pessoa e tem provas disso, tais que levaram o Desembargador Canguçu a conceder o Habeas Corpus; ou, ainda, o empenho no sigilo do caso é tanto, que essas provas que apontam os 99% de solução da delegada foram ocultadas até mesmo do Desembargador e, ironicamente, só são repassadas à imprensa!

O “grand finale” dessa epopéia pode ser cruel. Com a forte pressão da imprensa e o apelo popular pela imediata conclusão do caso, a Polícia de São Paulo pode sentir-se obrigada a encontrar um “bode expiatório” para chamar de assassino. Para o bem e para o mal. Nesse fim incrédulo, Alexandre e Anna Carolina podem terminar atrás das grades, independente da real culpabilidade que carregam. Outrossim, um “bobão” qualquer pode ser acusado do crime e ser levado aos tribunais sem tê-lo cometido, apenas para saciar a sede de solução da população e da imprensa, chocados e tontos com os rodopios desse caso.

A escritora Agatha Christie sempre dizia em suas entrevistas que seus livros que fizeram mais sucesso, guardavam para o final o grande assassinato. O leitor perde-se nos mistérios de quem foi o assassino e qual o motivo que o levara ao crime e, nas últimas páginas, é derrubado com o verdadeiro assassinato que moveu a autora a conceber sua obra. Assim é neste caso da vida real: com seus esdrúxulos equívocos, a Polícia de São Paulo e o promotor Francisco Cembranelli matam novamente a pequena Isabella Nardoni. Na verdade, são eles os grandes assassinos: da verdade, da cautela, da responsabilidade, da credibilidade e da segurança. E o fazem com requintes de crueldade.


http://www.atitudetocantins.com.br/?ctt=noticia.php&IdNoticia=150

13 comentários:

  1. Um blog deve permitir que seus leitores se expressem livremente contra ou a favor!
    Porque retirar comentários que não estão de acordo com sua maneira de pensar?????????

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  2. ANÔNIMO!

    O blog permite que os seus leitores se espressem livremente sobre as matérias nele espostas, o que o blog não permite são ofensas dirigidas ao dono do mesmo ou a algum autor, e, neste caso, todos os comentários serão retirados!!!

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  3. Sempre acreditei na inocência dos nardoni, infelizmente a mídia nos leva a ver o que ela quer. Não concordo com o artigo, quando você questiona os métodos da polícia de são paulo, entendo que a polícia fez o que teve que fazer, para mim, havia uma pessoa dentro do apartamento e esta pessoa cometeu este ato horrendo. Infelizmente os nardoni serão considerados culpados. Que Deus tenha piedade de todos os envolvidos, mas principalmente que de Paz a pequena Izabela.

    Vera Ribeiro

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  4. Desde o início acredito na inocência do casal. O que me incomoda é que grande parte das pessoas já condenou o casal. As pessoas não fazem questão de pensar, de questionar, de ao menos esperar o julgamento do caso, afinal, sem julgamento não há codenação. Me incomoda também este sensacionalismo habitual de grande parte dos brasileiros. Crianças morrem todos os dias em tragédias tão revoltantes quanto à da vítima Isabella. Mas parece que o povo gosta mesmo é de se meter, de fazer um bom drama. Sentem-se até mesmo no direito de agredir, talvez até matar o casal com suas próprias mãos. E o que mais me deixa pasma é que nenhum destes justiceiros sequer entende um pouco de direito, sequer acompanha as informações do caso. Querem justiça a qualquer custo, mas são capazes de linchar os suspeitos. Afinal, qual o critério de justiça neste país? É achar uma solução rápida, incriminando aquele que convier para contentar o clamor público de uma sociedade em parte sem instrução, sem senso de ética e honra? Para se posicionar fortemente entre absolvição ou condenação, é preciso se ater ao seguinte fato: as provas! O Direito é claro: NA DÚVIDA, DEVE-SE ABSOLVER O RÉU. Se não houver dúvida seja feita a justiça. Mas, até o presente momento, e enquanto existirem dúvidas e tanta obscuridade, entendo que o casal deve ser considerado INOCENTE! Para as pessoas que usam tanto o nome de DEUS para condenar o casal, deviam também rever seus conceitos cristão ao condenarem alguém levianamente, sem qualquer prova. O Promotor do caso adora aparecer, considera-se o verdadeiro juiz da causa. Mas penso que, enquanto cidadãos que acompanhamos de longe este caso, deveríamos ser mais prudentes em nossos comentários, mais ponderados. Clamor público é para gente que não usa razão, ou ao menos para crimes em que se tenha certeza da autoria. Acho absurdo as pessoas deixarem suas vidas, seus trabalhos, suas famílias e seus afazers para irem à porta da delegacia ou do forum xingar o casal, que nem sabem se são culpados. Por que não fazem o mesmo na frente da Câmara dos Deputados ou no Palácio? Enfim, a sociedade precisa pensar mais, e falar menos bobagem sem certeza!

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  5. Eu também nunca acreditei na culpa do casal, simplesmente não faz o menor sentido essa explicação da polícia. Penso sim em acidente doméstico, tenho um filho de 5 anos, consigo imaginar perfeitamente um comportamento de fuga. Alguma coisa aconteceu e Isabela quis voltar para a mãe. Criança não tem noção do perigo! Por que nenhum especialista em comportamento infantil foi consultado, por que nunca essa possibilidade foi levantada? Gente, ela até devolveu a tesoura e a faca que pegou, pra esconder a " arte" que estava fazendo! É muito mais fácil acreditar que um pai faça essas coisas absurdas, sem nexo, sem sentido que a polícia jura que aconteceram? Fico indignada com essa multidão que grita alto por justiça, mas obviamente nem tem noção do que isso significa. Torço muito para que o casal consiga sair ileso desse teatro. Repito, Isabela caiu sozinha!

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Esses advogados deviam era ter vergonha de defender esses assasinos.ja ta cara q foi eles,

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  8. Não tem nem como duvidar que foram eles,o promotor ja disse tudo, ja mostrou ate provas... agora, ela nem devia ficar chorando se fazendo de vitima, ela ta e comedo de voltar pra prisão de novo. e ele tb ta e comedo de volta pra lá.... os advogado deles devia era ter vergonha de defeder esses assasinos!!!!

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  9. Uma questão me intriga nesse caso. Não se pode admitir que os dois tenham assassinado a menina. Essa pergunta não é feita a ninguém da perícia, que deveria izer quem assassinou e não apenas que os dois a mataram. Com os elementos que conheço do processo, jamis condenaria os dois, por haver dúvida sobre a autoria. Não se pode jamis condenar por indícios, como fizeram . Porque o Juiz não divulgou o resultado total da votação dos jurados? Certamente alguém votou pela absolvição.

    NÃO GOSTO DE AMERICANO, MAS A JUSTIÇA PENAL AMERICANA, EXIGE VOTAÇÃO UNÂNIME PARA CONDENAR E MUITAS VEZES SE CONDENA INOCENTES. TEMOS QUE PENSAR MELHOR SE NOSSO SISTEMA ESTÁ CORRETO.

    NA FRANÇA NÃO SE DIVULGA NADA PELA IMPRENSA ATÉ QUE SE JULGUE, PRESERVANDO AS PESSOAS ENVOLVIDAS E GARANTNDO MAIOR LIBERDADE AOS JURADOS.

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  10. Na sexta-feira último dia do "julgamento" (assim mesmo, entre aspas)do casal Nardoni, às 13:48hs enviei a meus contatos a mensagem que transcrevo abaixo:
    Amigos (as),
    é bem provável que hoje tenhamos o desfecho do julgamento desse triste e bárbaro crime cometido contra a inocente Isabela. O casal Nardoni está condenado há muito tempo, seja pela mídia, seja pela população, por aquela influenciada, disputando seu momento de glória no picadeiro montado. Sou sincero: o casal não me desperta simpatia, porém ainda tenho dúvidas sobre serem eles ou não os assassinos da pequenina Isabela e não creio que o resultado seja outro do que a condenação dos réus, mas, e se ELES FOREM INOCENTES? Quem remediará toda angústia, sofrimento, constrangimento e danos morais a eles e às suas famílias impingidos? Assim como o assassínio da pequenina Isabela é irremediável (assim disse Goethe: quem remediará o assassínio?) esse constrangimento todo também o é.

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  11. Eram seres humanos sendo julgados ou uma partida de futebol onde os de torcida contrária eram agredidos em atos de selvageria por essa turba idiota que dá audiência aos BBBs da telinha massificante ?
    E que a jurisprudencia criada(condenação sem provas) não seja utilizada contra qualquer um de nós.

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  12. Julgamento exemplar, divisor de águas na história do Brasil.

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  13. Acredito ainda na inocência do casal. Creio que as evidências a favor do casal são mais fortes que a "estória" presumida pela polícia; forçada a se adequar a versão do promotor, a qual sempre pareceu ser direcionada para a condenação do casal a qualquer custo.
    Quando assisti à aquele "filminho" que simula a dinâmica do crime; achei sim, completamente fantasiosa. "A menina teve suas fraturas não pela queda do sexto andar; mas porque o Alexandre a jogou com força, no chão junto ao sofá". Conclusão extremamente medíocre; cair a uma altura de seis andares não fraturaria nem a mãozinha da menina.
    Não precisa ser perito, para ter certeza de que tal afirmação não procede.
    Fui professora de primeiro grau, e trabalhei diretanebte com crianças de pré a quarta série durante 27 anos. Posso afirmar com segurança que conheço muito bem a capacidade, a criatividade, esperteza, destreza manual de uma criança da faixa etária da menina Isabella, (com tesouras e outros objetos)
    Também tenho uma percepção um tanto aguçada em relação ao comportamento de pais com seus filhos. Quem tem sentimentos de culpa em relação a pouca atenção dada ao filho, é o que mais cobra das atitudes dos outros. (o pai era ausente, ela trabalhava, ía a baladas, carnavais na Bahia..., também não era presente.
    da forma com que o casal expontaneamente se comportava no supermercado, por fotos, creio com certeza que seria impossível eles terem cometido tal ato.
    Me intriga muito, o comportamento da mãe da menina; pois chegou em cinco minutos no local; e era ela que pedia calma ao casal, que para ela estava desequilibrado.
    "Ela, mãe, que conseguiu manter a calma". E se eles não chamaram o resgate por estarem transtornados; por que ela então não pegou a menina, pôs no carro, e levou para o hospital; fato que acusam o casal de não ter feito.
    Aliás, em todos os momentos em que Ana Oliveira se referiu ao ao casal, foi classificando-os como desequilibrados.
    Mas por que ela, mãe, chegou a ir de madrugada próximo a casa do Nardoni, para saber com quem ele estava saindo?
    Quem lê os depoimentos da mesma à policia e no juri, conclui que a pessoa mais enciumada no caso era ela mesma; principalmente por ter sido preterida pelo Alexandre, mesmo sendo mãe de uma filha dele.
    Ela, Oliveira; se condena; quando disse que soube através da própria mãe do Alexandre que ele estava tendo um relacionamento sério com uma pessoa.
    Para que a mãe do Alexandre chegasse a fazer uma colocação dessa forma por telefone, significa que a Oliveira não havia sacado que o Alexandre já estava em outra; e que realmente ela vivia ligando para casa dele, para poder manter o vínculo.
    Alegando que a Jatobá estava com ciúmes dela; Oliveira apenas estava projetando sobre a sua rival seus reais sentimentos.
    Se foi suicídio (o que não é impossível para uma criança na idade dela, que alimenta pensamentos mágicos próprio da idade; achando que se pulasse não morreria), se foi um pedófilo, ou alguém "encomendado" para fazer o serviço, acho que essas são as ´suposições mais coerentes com o contexto todo que se tem sobre o fato; mas logo de cara, acusar, culpar, e condenar o pai da menina e sua esposa de terem sido os autores do crime chega a ser uma idotice. Falta total de visão dos delegados e do promotor.
    Concluo dessa forma que todos os envolvidos nas investigações raciocinam como o Delegado Tuma Jr. que pensa que nós iriamos acreditar que alguém exercendo a função que ele exerce, após longa amizade seria incapaz de imaginar que o chines não estivesse ligado a pirataria.
    Por favor, não substime nossa capacidade de raciocínio.

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