Justiça avalia pedido de anulação do
júri dos Nardoni na próxima semana
Alexandre e Anna foram condenados a 31 e 26 anos de prisão no ano passado
Do R7
Texto:
Werther Santana/31.03.2008/AEWerther Santana/31.03.2008/AE
O casal foi condenado pela Justiça por jogar Isabella Nardoni da sacada do prédio onde moravam
A Justiça de São Paulo julgará, no dia 3 de maio, o recurso que pede a anulação da decisão do júri popular, que condenou o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina a 31 e 26 anos de prisão, respectivamente, em março do ano passado.
O julgamento do recurso de apelação acontecerá a partir das 9h30, no Palácio da Justiça, no centro da capital. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, nesta terça-feira (26).
Em setembro do ano passado, um pedido de anulação do julgamento de Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni foi negado. A decisão dos três desembargadores que analisaram o recurso foi unânime. O pedido de novo julgamento do caso foi formalizado alguns dias depois da decisão da Justiça.
AJustiça também condenou Alexandre e Anna Carolina a outros oito meses de reclusão por crime de fraude processual, que eles poderão responder em regime semiaberto. Foi negado aos dois o direito de recorrer da sentença em liberdade.
Relembre o caso
A morte de Isabella Nardoni completou três anos no dia 29 de março deste ano. À epoca com cinco anos, ela caiu do 6º andar do edifício London, na zona norte de São Paulo, às 23h30. No apartamento, moravam o pai dela, Alexandre Nardoni, a madrasta, Anna Carolina Jatobá, e os dois irmãos menores. A menina chegou a ser socorrida, mas morreu.
O pai e a madrasta contaram à polícia que um assaltante havia entrado no prédio e jogado a menina da janela. Mas a polícia desconfiou da versão. Em 3 de abril, eles divulgaram cartas escritas a mão em que diziam ser inocentes. Ainda assim, os dois foram presos.
Peritos da Polícia Civil falaram que a menina foi espancada e esganada dentro do apartamento, antes de ser jogada pela janela. Depois, a polícia afirmou que não existia uma terceira pessoa no apartamento na noite da morte de Isabella e, durante a reconstituição, a polícia concluiu que a criança morreu 11 minutos após ter chegado ao prédio.
O promotor Francisco Cembranelli entregou à Justiça denúncia contra o casal no dia 6 de maio. Eles foram acusados de homícidio doloso (com intenção de matar) triplamente qualificado, já que, segundo a promotoria, a vítima foi morta de forma cruel, não tinha condições de se defender e o casal ainda escondeu que bateu na criança. Os dois também foram acusados de fraude processual, pois mudaram a cena do crime.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário.